quinta-feira, julho 22, 2004

Alas esquerdas

Noticiou-se hoje em definitivo a candidatura de Manuel Alegre ao cargo de secretário-geral do PS. Nas palavras do próprio a candidatura "é para ir até ao fim". Esta candidatura espelha o descontentamento da ala esquerda do PS com o nome de José Socrates, candidato que descaracterizaria o PS "laico, republicano e socialista".

O PS não para pois de me admirar. Ora senão vejamos...
Começa por apostar o tudo por tudo numa dissolução, para bem da democracia, ignorando a incoerência que tal seria para Jorge Sampaio. Ignoram, ou querem parecer ignorar, que nunca um presidente em perfeita sanidade mental iria entregar a responsabilidade governativa a um partido que namora a extrema-esquerda trotskista de Francisco Louçã.
Quando tal aposta falha, o secretario-geral cessante demite-se, em pose de "birra", caracterizando o facto como derrota politica pessoal. Assiste-se a uma Ana Gomes no seu melhor estilo, exaltada como mandam os canones da "esquerda revolucionária" (alguém que a informe que tal esquerda está morta sff...).
Como se não fosse suficiente, apegados a uma formula gasta, recusando a viragem ao centro e à moderação, um grupo de ferristas(alguem me explica em que consiste o ferrismo, descontando o típico clientelismo partidário?) buscam a solução do PS numa figura fora de época. Não que eu não respeite Manuel Alegre. Dou-lhe o mérito que merece mas o seu tempo passou, o 25 de Abril já lá vai e a "geração de coimbra" está morta.

Termino com uma única questão aos socialistas por esse país fora:
É esta a solução política credivel de um partido com vocação de poder que dão ao País para o seu desenvolvimento?

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